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Liturgia Diária

DIA 23 DE SETEMBRO - TERÇA-FEIRA

SÃO PIO DE PIETRELCINA
PRESBÍTERO 
(BRANCO, PREFÁCIO COMUM OU DOS SANTOS – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Antífona da entrada: Eu vos darei pastores segundo o meu coração, que vos conduzam com inteligência e sabedoria (Jr 3,15).
Oração do dia
Ó Deus, que enriquecestes são Pio de Pietrelcina com o espírito de verdade e de amor para apascentar o vosso povo, concedei-nos, celebrando sua festa, seguir sempre mais o seu exemplo, sustentados por sua intercessão. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Provérbios 21,1-6.10-13)
Leitura do livro dos Provérbios.
21 1 O coração do rei é uma água fluente nas mãos do Senhor: ele o inclina para qualquer parte que quiser.
2 Os caminhos do homem parecem retos aos seus olhos, mas cabe ao Senhor pesar os corações.
3 A prática da justiça e da eqüidade vale aos olhos do Senhor mais que os sacrifícios.
4 Olhares altivos ensoberbecem o coração; o luzeiro dos ímpios é o pecado.
5 Os planos do homem ativo produzem abundância; a precipitação só traz penúria.
6 Tesouros adquiridos pela mentira: vaidade passageira para os que procuram a morte.
10 A alma do ímpio deseja o mal; nem mesmo seu amigo encontrará graça a seus olhos.
11 Quando se pune o zombador, o simples torna-se sábio; quando se adverte o sábio, ele adquire a ciência.
12 O justo observa a cada do ímpio e precipita os maus na desventura.
13 Quem se faz de surdo aos gritos do pobre não será ouvido, quando ele mesmo clamar.
Palavra do Senhor.
 
Salmo responsorial 118/119
Guiai-me, Senhor, no caminho de vossos preceitos!! 

Feliz o homem sem pecado em seu caminho,
E então meditarei vossos prodígios!

Fazei-me conhecer vossos caminhos,
E então meditarei vossos prodígios!

Escolhi seguir a trilha da verdade,
Diante de mim eu coloquei vossos preceitos.

Dai-me o saber, e cumprirei a vossa lei
E de todo o coração a guardarei.

Guiai meus passos no caminho que traçastes,
Pois só nele encontrarei felicidade.

Cumprirei constantemente a vossa lei;
Para sempre, eternamente, a cumprirei!

 
Evangelho (Lucas 8,19-21)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Feliz quem ouve e observa a palavra de Deus! (Lc 11,28)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 8 19 a mãe e os irmãos de Jesus foram procurá-lo, mas não podiam chegar-se a ele por causa da multidão.
20 Foi-lhe avisado: “Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e desejam ver-te”.
21 Ele lhes disse: “Minha mãe e meus irmãos são estes, que ouvem a palavra de Deus e a observam”.
Palavra da Salvação.
 
Comentário ao Evangelho
A FAMÍLIA DO REINO
A opção pelo Reino estabelece laços profundos de amizade entre os discípulos, gerando neles uma solidariedade exemplar. Este parentesco espiritual, em muitos casos, pode ser mais sólido que o próprio parentesco sanguíneo. E, o mais importante: gera um ambiente de igualdade onde Deus Pai nos faz todos irmãos e irmãs.
            O relacionamento físico com Jesus de Nazaré já não tem importância. A família do Reino se constitui a partir da escuta e da vivência da Palavra de Deus e não da pertença à família histórica de Jesus. O tempo e o espaço também não contam. Seja qual for a época em que se vive ou se viveu, é possível sentir a proximidade familiar em relação aos outros cristãos, desde pautemos nossa vida pela mesma proposta do Reino. Além disso, onde quer que estejam e de onde quer que venham, quando dois cristãos se encontram, deveriam imediatamente sentir brotar no coração um forte afeto fraternal, por terem o mesmo projeto de vida, e estarem unidos pela mesma opção por Jesus e por seu Reino.
            Desde os primórdios, a comunidade cristã compreendeu este dado de sua identidade. E, assim, estabeleceu uma nítida diferença em relação à tradição judaica, cujo apego às genealogias e à consangüinidade era bem conhecida.
            A família do Reino, como é constituída, pode reunir gente de todas as raças, povos, famílias e nações.

Oração 
            Senhor Jesus, faze crescer em mim o afeto por meus irmãos e irmãs de fé, sabendo que somos membros de uma só família, a família do Reino.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
 
Sobre as oferendas
Aceitai, ó Deus, as oferendas do vosso povo em honra de são Pio de Pietrelcina; e possamos receber a salvação pelo sacrifício que oferecemos em vossa honra. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: O Filho do homem veio não para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para a salvação de todos (Mt 20,28).
Depois da comunhão
Ó Deus, Recebemos, ó Deus, o vosso sacramento em memória do vosso santo Pio de Pietrelcina; concedei que esta eucaristia se transforme para nós em alegria eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO PIO DE PIETRELCINA)
Padre Pio nasceu no dia 25 de maio de 1887, em Pietrelcina, Itália. Era filho de Gracio Forgione e de Maria Josefa de Nunzio. No dia seguinte, foi batizado com o nome de Francisco, e mais tarde seria, de fato, um grande seguidor de são Francisco de Assis.

Aos doze anos, recebeu os sacramentos da primeira comunhão e do crisma. E aos dezesseis anos, entrou no noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, da cidadezinha de Morcone, onde vestiu o hábito dos franciscanos e tomou o nome de frei Pio. Terminado o ano de noviciado, fez a profissão dos votos simples e, em 1907, a dos votos solenes.

Depois da ordenação sacerdotal, em 1910, no Convento de Benevento, padre Pio, como era chamado, ficou doente, tendo de voltar a conviver com sua família para tratar sua enfermidade, e lá permaneceu até o ano de 1916. Quando voltou, nesse ano, foi mandado para o Convento de San Giovanni Rotondo, lugar onde viveu até a morte.

Padre Pio passou toda a sua vida contribuindo para a redenção do ser humano, cumprindo a missão de guiar espiritualmente os fiéis e celebrando a eucaristia. Para ele, sua atividade mais importante era, sem dúvida, a celebração da santa missa. Os fiéis que dela participavam sentiam a importância desse momento, percebendo a plenitude da espiritualidade de padre Pio. No campo da caridade social, esforçou-se por aliviar sofrimentos e misérias de tantas famílias, fundando a "Casa Sollievo della Sofferenza", ou melhor, a "Casa Alívio do Sofrimento" em 1956.

Para padre Pio, a fé era a essência da vida: tudo desejava e tudo fazia à luz da fé. Empenhou-se, assiduamente, na oração. Passava o dia e grande parte da noite conversando com Deus. Ele dizia: "Nos livros, procuramos Deus; na oração, encontramo-lo. A oração é a chave que abre o coração de Deus". Também aceitava a vontade misteriosa de Deus em nome de sua infindável fé. Sua máxima preocupação era crescer e fazer crescer na caridade. Por mais de cinqüenta anos, acolheu muitas pessoas, que dele necessitavam. Era solicitado no confessionário, na sacristia, no convento, e em todos os lugares onde pudesse estar todos iam buscar seu conforto, e o ombro amigo, que ele nunca lhes negava, bem como seu apoio e amizade. A todos tratou com justiça, lealdade e grande respeito.

Durante muitos anos, experimentou os sofrimentos da alma, em razão de sua enfermidade e, ao longo de vários anos, suportou com serenidade as dores das suas chagas.

Quando seu serviço sacerdotal foi posto em dúvida, sendo investigado, padre Pio sofreu muito, mas aceitou tudo com profunda humildade e resignação. Diante das acusações injustificáveis e calúnias, permaneceu calado, sempre confiando no julgamento de Deus, dos seus superiores diretos e de sua própria consciência. Muito consciente dos seus compromissos, aceitava todas as ordens superiores com extrema humildade. E encarnava o espírito de pobreza com seriedade, com total desapego por si próprio, pelos bens terrenos, pelas comodidades e honrarias. Sua predileção era a virtude da castidade.

Desde a juventude, sua saúde sempre inspirou cuidados e, sobretudo nos últimos anos da sua vida, declinou rapidamente. Padre Pio faleceu no dia 23 de setembro de 1968, aos oitenta e um anos de idade. Seu funeral caracterizou-se por uma multidão de fiéis, que o consideravam santo.

Nos anos que se seguiram à sua morte, a fama de santidade e de milagres foi crescendo cada vez mais, tornando-se um fenômeno eclesial, espalhado por todo o mundo. No ano 1999, o papa João Paulo II declarou bem-aventurado o padre Pio de Pietrelcina, estabelecendo no dia 23 de setembro a data da sua festa litúrgica. Depois, o mesmo sumo pontífice proclamou-o santo, no ano 2002, mantendo a data de sua tradicional festa.